segunda-feira, 19 de março de 2012

Homem duplo


Alucinações de um inverno passado
Calafrios por toda medula espinhal
Um mergulho no rio congelado
Minha relação com você não passa de carnal               
A madeira arde em chamas na lareira
Meu corpo cobre o seu nesse frio polar
Das janelas fico fitando a clareira
O sangue bomba rápido em sua jugular
Mas que desejo descomunal me toma conta
A loucura novamente está à tona
Pertenço à mesma ordem carnívora da lontra
Completamente psicopata no Arizona
O que faço com esse corpo tão perfeito
Ó Grand Canyon, mas que vista proporciona
Não faço a mínima ideia de quem é o sujeito
Sigo andando onde meu nariz posiciona.

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