quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Caso perdido?


Pirou. Pobre jovem esquizofrênico
Alienado. Fugindo de quem nunca existiu
Albino alto, porém, anêmico
Alucinógeno de quem te serviu
Química barata que entra na mente
Está cravada a estaca da perdição
Menino novo com destino de delinqüente
O olhar julgador de toda uma nação
Somos todos iguais em formatos diferentes
Procuro a salvação de quem não quer ser salvo
Talvez se não fossem tão divergentes
A lança, afinal, busca o mesmo alvo
Por que não ensinar o caminho?
Não acredito em causa perdida
Todos precisam de preocupação e carinho
Dê um pouco mais de valor na vida.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Apenas um sonho


Alegria de um garoto alegre de meia idade
Com amigos imaginários e algumas alucinações
Não me preocupo muito com minha identidade
Sou uma criança num parque de diversões
Vejo duendes com seus batuques artesanais
O milho pulando e estourando a pipoca
Todas as pessoas de outro mundo são banais
Venha viver comigo em minha humilde oca
Mesmo com os olhos pesados você não vai dormir
Eles estão vermelhos, mas não vão arder
O pré-requisito é apenas sentir
É como se estivesse prestes a nascer
Vivemos num mundo que construímos
Descemos as maiores e mais assustadoras cachoeiras
O nosso trem segue apenas nossos trilhos
Fagulhas fazem então arder às maiores fogueiras.

Não posso conviver com o fim


Você pode sentir meus batimentos?
Se eu gritar bem alto você vai me ouvir?
Não sei como expressar todos esses sentimentos
Meus olhos não querem ver você partir
Eu não posso e nem quero largar sua mão
Mas sinto seus dedos escorregarem por entre os meus
Sinto quebrar o laço inquebrável. Qual é a sensação?
Mesmo em passos longos não consigo alcançar os seus
É como apagar a luz e caminhar no escuro
Eu não quero cair pra não me machucar
É preciso unir forças pra derrubar esse muro
Eu só quero ser um guerreiro pra poder lutar
A alma está saindo do meu corpo
De longe posso enxergar ela alçando vôo
Mas de quem é esse espírito de porco?
O corpo padece e eu sinto enjôo.