segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fim do diálogo


Caminho em passos curtos até o meu destino
De longe posso contar degrau por degrau
Engulo o choro diferente de um menino
Todos os versos tornam-se algo banal
A luz do sol reflete nas gotas cristalinas
Piso e escuto o ranger da madeira molhada
Um grito agonizante por água abaixo das latrinas
Desliguei o coração na sua última chamada
A corda parece um tanto quão pesada
Também pudera depois da chuva que caiu
Não estou conseguindo completar minha jornada
Mesmo escadas abaixo podem ver quem surgiu
Demorou sim, mas no topo agora estou
Podem afrouxar um pouco essa corda?
Da cabeça ao pescoço o nó escorregou
Meu último desejo seria uma colherada de açorda
Um diálogo com quem conheço melhor do que ninguém
A melhor e mais longa conversa em que participei
Mesmo assim tenho dúvidas de quem é esse alguém
O som do pescoço quebrando eu não escutei.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Saudosa raiz.


Mas que sorriso tão radiante, talvez até empolgante
Lembra-me as melhores lembranças que estão frescas
Não é apenas um guia do mochileiro viajante
Como eu gosto de todas essas frescuras carnavalescas
Não tenho a menor idéia de quando voltar
Apesar de o coração não arredar o pé
A alma e a mente estão a rodar
Um trago forte e mais um gole de café
Sete quedas de pura ousadia e alegria
Faço a mente pra que lá empaque
Guarde um pouco dessa magia
Mas como vou sentir falta desse sotaque.